A agricultura já consolidou as sementes híbridas como base da produtividade moderna, com adoção praticamente total em culturas como milho e forte expansão em arroz na Ásia. Na pecuária, porém, a incorporação de híbridos de braquiária avança lentamente, sem dados consolidados de uso, mas ainda muito distante da prevalência agrícola.
“Temos acompanhado excelentes resultados de produtividade em clientes que adotaram a brachiaria híbrida Mavuno. Mas a adoção deste tipo de tecnologia ainda é baixa e cria uma lacuna de eficiência justamente no momento em que o setor é pressionado a produzir mais carne por hectare e reduzir impactos ambientais”, avalia Alex Wolf, CEO da Wolf Sementes, empresa que desenvolveu o Mavuno.
Agricultura
O mercado global de sementes híbridas alcançou cerca de US$ 92,8 bilhões em 2024 e deve ultrapassar US$ 190 bilhões até 2033, segundo relatório da Global Growth Insights. Nos Estados Unidos, a adoção de milho híbrido já é de 100% desde meados do século passado, e a China planta mais de 57% de sua área de arroz com híbridos, responsáveis por aproximadamente três quartos de sua produção nacional. Esses materiais são escolhidos por entregar maior produtividade, estabilidade frente ao estresse climático, melhor sanidade e retorno econômico previsível.
Descompasso
Na pecuária, a evolução não segue o mesmo ritmo. Apesar de os híbridos de Urochloa apresentarem avanços consistentes em produção de matéria seca, valor nutritivo, vigor de rebrota e tolerância a períodos secos, a formação de pastagens no Brasil ainda é dominada por cultivares mais antigas.
Estudos também indicam que o país mantém milhões de hectares em algum nível de degradação, consequência direta da baixa renovação de pastos e da escolha por materiais convencionais mesmo quando já existem alternativas superiores. Para a Wolf Sementes, esse cenário representa uma oportunidade clara de intensificação sustentável, com impacto imediato no ganho médio diário, na taxa de lotação e no ciclo de abate.
Evidência
Um exemplo expressivo desse potencial vem da Fazenda Rancho Alegre, em Auriflama (SP), que implantou a Brachiaria Híbrida Mavuno em áreas de recria e terminação. Com manejo adequado e adubação alinhada ao potencial genético do híbrido, o resultado superou a média histórica da propriedade. Na terminação, os animais alcançaram 1,25 kg de ganho diário, desempenho aproximadamente 25% superior ao registrado anteriormente. Na recria, o ganho médio diário chegou a 0,76 kg, encurtando o ciclo e antecipando o abate em cerca de três meses. O híbrido formou ainda um pasto mais denso e uniforme, permitindo elevar a taxa de lotação sem comprometer o desempenho dos animais.
Tendência
À medida em que a agricultura segue ampliando o uso de híbridos e investindo em genética cada vez mais adaptada ao clima, a Wolf também trabalha por uma virada na pecuária. “Temos atuado junto a revendas, distribuidores e apoiado centros de pesquisa e universidades para mostrar forma técnica e com base na ciência que híbridos forrageiros são ferramentas fundamentais para produzir mais arrobas por hectare, recuperar áreas degradadas e atender a um mercado que exige eficiência e sustentabilidade”, afirma Alex Wolf.
"Nossa visão é que a expansão das cultivares híbridas representa não apenas a adoção de mais uma tecnologia, mas a próxima fronteira de competitividade da pecuária tropical”, completa o executivo.
Wolf Sementes
Com sede em Ribeirão Preto (SP), a Wolf Sementes contribui há 50 anos com a pecuária nacional e internacional. Apoiada fortemente no controle de qualidade e gestão, a Wolf Sementes foi pioneira do segmento de pastagem a obter em 2008 a certificação de qualidade ISO 9001. A empresa é associada às principais entidades dos setores onde atua, como Unipasto e ABCZ. Com atuação em todo território nacional, também exporta para mais de 65 países.
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