Nesta terça-feira, 12 de novembro, o México pediu para o governo Brasileiro a passagem de Evo Morales e o Ministério das Relações Exteriores confirmou que o trajeto do avião que o leva ao México passará pelo Brasil.
Na segunda-feira, 11 de novembro, o México concedeu asilo político a Evo Morales. “Confirmamos que foi concedida autorização para sobrevoo de aeronave transportando o ex-presidente Evo Morales”, disse o Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores do México informou sobre a dificuldade de tirar Evo Morales da Bolívia e que estavam em andamento de negociações com vários países para que a aeronave pudesse usar o espaço aéreo deles. Além do Brasil, houve contato com Paraguai, Peru e Equador.
Crise na Bolívia
No domingo, 10 de novembro, Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia e ainda não está claro quem irá substituí-lo. Em 20 de outubro, ele havia sido eleito em primeiro turno em eleições gerais, mas protestos violentos e denúncias de fraude na votação aumentaram a tensão no país. O então presidente perdeu apoio dos militares, que pediram sua saída.
No poder desde 2006, Evo Morales disputou uma nova reeleição em 20 de outubro deste ano. A candidatura já havia sido contestada – um referendo feito em 2016 rejeitou essa possibilidade, mas, em 2018, a Justiça Eleitoral o autorizou a tentar um quarto mandato.
O argumento era que o limite de mandatos viola a garantia constitucional de que qualquer cidadão tem o direito de se candidatar. Mesmo antes do fim da contagem dos votos de outubro, protestos tomaram as ruas da Bolívia. Simpatizantes de Carlos Mesa, opositor de Evo, denunciavam fraudes na apuração.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) e o governo da Bolívia anunciaram que a entidade faria uma auditoria do processo eleitoral inteiro. Em 10 de novembro, a OEA divulgou resultado preliminar apontando fraude e a necessidade de novas eleições.
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