Operação complexa mobilizou equipes de três hospitais e foi realizada com sucesso
O Hospital Sapiranga realizou no dia 20 de fevereiro um procedimento histórico. Pela primeira vez, uma captação de coração foi realizada na instituição. Também foram captados fígado, rins e uma córnea. O aceite da família salvará 5 vidas de pacientes que há tempo aguardam na fila por um transplante.
Este grandioso trabalho só foi possível, pela dedicação das equipes do Hospital, especialmente da CIHDOTT, que atuam diretamente com as famílias dos potenciais doadores, com profissionalismo, ética e acolhimento. E principalmente, pelo aceite da família, que mesmo em meio a dor da perda, aceitou, através deste gesto lindo e cheio de esperança, salvar a vida de outras pessoas.
A captação foi realizada por um grande grupo de profissionais. Além das equipes do Hospital Sapiranga, participaram do procedimento a equipe do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, responsável pela captação do coração, da equipe do Hospital Dom Vicente Scherer e Santa Casa – Opo7, responsáveis pela captação do fígado, rins e córnea.
O diretor técnico do Hospital Sapiranga Dr. Airton Schmitt, enaltece o gesto nobre da família.
“Sabemos que é um assunto muito delicado, mas é imprescindível que ele faça parte das famílias, as pessoas precisam conversar, discutir em família e perceber que doar órgãos salva vidas. Isso é importante para que a família possa realizar o desejo do ente querido em ser um doador de órgãos. Quanto mais doações, mais vidas podem ser salvas”, disse.
Para a enfermeira Camila Crippa, presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgão e Tecidos para Transplantes do Hospital Sapiranga (CIHDOTT) a doação de órgãos é um ato de amor e consciência ao próximo.
“A solidariedade da família, mesmo frente à dor e ao luto, é evidenciada no SIM para doação dos órgãos. É um ato que ratifica o engajamento da equipe no cuidado e acolhimento de famílias doadoras. Ao acolher cada família é preciso sensibilidade, afeto e humanização. Isso se torna indispensável para o aceite. Em nome da instituição, gostaria de agradecer a família doadora e aos profissionais envolvidos no atendimento, por conduzirem com excelência o cuidado do paciente e seus familiares”, relatou.
Dr. Pedro Jackson Lima Dos Santos, médico da UTI Adulto do Hospital Sapiranga, descreveu o momento como uma realização de um trabalho árduo e constante de desenvolvimento e atualização de protocolos internos como por exemplo o de morte encefálica em parceria com CIHDOTT, multiplicando esperanças e consolidando a vida de muitos pacientes na fila de transplantes.
“Resultados como este, evidenciam a qualificação e a valorização dos profissionais, que atuam junto a instituição por um grande objetivo que é salvar e reabilitar vidas”, afirmou.
Quem deseja ser doador de órgãos é importante conversar com a família sobre o desejo em doar seus órgãos, pois após a sua morte, seus familiares serão responsáveis pela autorização.
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