Lavagem nasal é aliada essencial da saúde respiratória infantil

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul esclarece dúvidas sobre o uso do soro fisiológico em crianças e reforça a importância do cuidado, especialmente no outono e inverno

Com a chegada das estações mais frias, como outono e inverno, aumenta significativamente o número de casos de gripes, resfriados e outras infecções respiratórias. Um dos sintomas mais comuns nessa época é a congestão nasal, que afeta principalmente as crianças e compromete sono, alimentação e bem-estar. Diante disso, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça a importância da lavagem nasal com soro fisiológico como uma medida simples, segura e altamente eficaz na prevenção de complicações e no alívio dos sintomas. No entanto, o procedimento ainda gera dúvidas entre os pais sobre como realizá-lo corretamente e em que situações é indicado. O tema foi abordado no XVII Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria no Centro de Convenções Barra Shopping, que acontece entre 15 e 17 de maio. O evento é uma realização da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.

Segundo o otorrinopediatra José Faibes Lubianca Neto, o uso de alto volume de soro deve ser feito com cautela e só é recomendado a partir dos cinco ou seis anos, sempre com baixíssima pressão.

Entre os dispositivos disponíveis, um dos mais adequados é o ‘Lota’, aquele que lembra a lâmpada do gênio. Ele permite que o líquido percorra suavemente a cavidade nasal, promovendo uma limpeza eficaz sem causar desconforto”, explica o especialista.

A otorrinopediatra Denise Manica alerta para sinais de uso inadequado.

Se a criança relata incômodo no ouvido após a lavagem, é um sinal de alerta. Em menores de cinco anos, evito recomendar garrafinhas, pois mesmo com pouca pressão, o líquido pode chegar ao ouvido e causar dor. O jato contínuo, por outro lado, oferece mais segurança por manter a pressão estável”, afirma.

O uso de aspiradores nasais deve ser limitado, conforme a otorrinopediatra Rita Carolina Krumenauer.

É comum vermos pais tentando aspirar secreções de forma excessiva, o que pode irritar o nariz da criança. Em bebês, esses dispositivos podem ser úteis, mas em crianças maiores, o ideal é o uso de soro fisiológico e o estímulo para que a criança assoe o nariz sozinha”, orienta.

Incorporar a lavagem nasal à rotina, com as devidas orientações médicas, pode evitar complicações como otites e sinusites, além de melhorar significativamente a qualidade de vida da criança.

 

Sobre a Sociedade de Pediatria do RS

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.


PlayPress | SPRS – Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul | Redação e fotos: Marcelo Matusiak

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