Existem diferentes tipos dessa análise que, dependendo do caso, pode ser complementada com outras avaliações
Uma simples coleta de amostra de sangue pode ser uma ferramenta importante para auxiliar no rastreio de câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens no Brasil. O exame avalia os níveis do antígeno prostático específico (PSA), uma enzima secretada prioritariamente pelos ductos e células epiteliais do tecido prostático, e o resultado pode indicar a necessidade de avaliações complementares para um diagnóstico mais assertivo.
“Considero importante a discussão clara com o paciente sobre a realização do screening (triagem), mas sou entusiasta de que algo precisa ser feito, já que a mortalidade tem crescido, apesar dos avanços nos tratamentos“, afirma o oncologista Eduardo Bischoff, da Oncoclínicas Porto Alegre. Apenas em 2022 foram 16.292 óbitos no país, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, ou seja, 44 mortes por dia.
Uma das causas é que se trata de uma doença silenciosa e que afeta, principalmente, homens a partir dos 60 anos – por isso, a descoberta precoce é de extrema importância. O especialista explica ainda que o aumento sustentado do PSA pode indicar a existência da doença oncológica ou ser decorrência de uma hiperplasia prostática benigna (HPB), portanto é importante avaliar cada situação. A elevação transitória desses níveis também pode ter outras causas, entre as quais prostatite, inflamação ou infecção da próstata, relações sexuais, manipulações urinárias recentes, ciclismo, hipismo, bem como trauma perineal. Por sua vez, a redução pode ser consequência de medicamentos utilizados no tratamento da HPB ou do próprio tumor.
Além disso, o oncologista acrescenta que esse exame não substitui o toque retal, pois “ambos se complementam”. Para pessoas sem risco aumentado, as recomendações vão desde iniciar aos 45 anos ou mesmo a partir dos 55 anos de idade. Já nos casos de maior probabilidade de desenvolvimento da neoplasia, entre os quais, pessoas da raça negra, histórico familiar da neoplasia ou portadores de síndromes hereditárias de predisposição ao câncer, o acompanhamento poderá ser indicado mais cedo, a partir dos 40 ou 45 anos de idade, com exames realizados anualmente.
Entenda os diferentes tipos de exame
Bischoff explica que existem diferentes tipos de análise: PSA total, que é a soma do PSA ligado a outras proteínas e do livre; PSA livre, que corresponde ao antígeno que está circulando no sangue sem estar ligado a proteínas, e densidade do PSA, que indica a relação entre o valor do PSA e a massa prostática. Dependendo do resultado, poderão ser solicitadas repetições da avaliação total e da livre, porque a relação entre elas poderá indicar maior probabilidade de tumor ou de HPB.
Já a densidade do PSA servirá de parâmetro para verificar as maiores chances de presença da doença oncológica. “Contudo, hoje é levado muito mais em conta o valor do PSA total, a velocidade de crescimento deste, bem como o próprio toque retal. Caso a suspeição para câncer de próstata seja grande, poderá ser realizada a ressonância multiparamétrica da próstata e, posteriormente, a biópsia prostática para confirmação da neoplasia“, finaliza.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 142 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.
A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com.
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