Gabriela Thoen Krause, 1ª Prenda Juvenil do Rio Grande do Sul (gestão 2025/2026); Isabelli de Lima, 1ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul (2025/2026); e Dienifer Canabarro, 2ª Prenda do Rio Grande do Sul (2022/2023), foram as convidadas do encontro cultural realizado na noite de quinta-feira, 4 de dezembro, no CTG O Fogão Gaúcho, em Taquara. Com o tema “Unindo gerações na construção dos próximos 40 anos da Ciranda Cultural de Prendas”, o evento ocorreu na Sala Daltro Luiz Teixeira Valim, junto à sede social da entidade, com realização do Departamento Cultural do CTG.
A anfitriã da atividade foi a 1ª Prenda do CTG O Fogão Gaúcho, Camilly Rocha, que, ao lado do Peão Farroupilha do CTG, Paulo Mendes, conduziu a roda de conversa. Para Camilly, o momento foi de grande significado. “É um encontro muito especial e de muito aprendizado. Poder escutar a vivência de cada uma é algo inspirador”, destacou.
Observar as transformações da sociedade
Durante sua fala, a 1ª Prenda Juvenil do RS, Gabriela Krause, ressaltou que o papel da juventude dentro do movimento tradicionalista é compreender as transformações da sociedade e colaborar para adaptações responsáveis dentro da Ciranda de Prendas. “É preciso ter esse olhar de ponte entre o passado, o presente e o futuro, interligando gerações, mantendo os valores e a essência, mas também entendendo as necessidades do mundo atual”, afirmou.
Gabriela também utilizou exemplos do cotidiano para ilustrar a evolução dos costumes, como a forma de preparar o chimarrão, além de destacar o uso consciente da tecnologia como ferramenta de valorização e divulgação da cultura gaúcha. “Se souber utilizar de forma equilibrada, a tecnologia tem muito a agregar na difusão da nossa cultura”, completou.
Evolução dos concursos
Já Dienifer Canabarro, que integrou a gestão estadual no ciclo 2022/2023, compartilhou sua trajetória no tradicionalismo e refletiu sobre as mudanças percebidas ao longo das gerações. Segundo ela, hoje existe uma compreensão maior sobre a importância de respeitar as fases da infância dentro do movimento. “As prendas mirins têm um papel fundamental, pois são a base para que outras crianças ingressem no tradicionalismo, seja na dança, na declamação ou em outras atividades culturais”, destacou.
Dienifer também falou sobre a constante evolução dos concursos e a resistência inicial que, muitas vezes, acompanha as inovações. “A primeira prenda que traz algo diferente geralmente enfrenta dificuldades; a segunda desperta curiosidade; e a terceira transforma aquilo em algo natural e valorizado”, afirmou, citando ainda o uso da tecnologia em apresentações culturais como forma de demonstrar conhecimentos que antes exigiam longos processos presenciais.
O encontro reuniu tradicionalistas de diversas cidades da 22ª Região Tradicionalista (RT) e da 27ª RT, além da presença do patrão do CTG O Fogão Gaúcho, Auro Sander, do vice-patrão, Antônio Rocha, e da Prenda Infantil do CTG, Cecília Ferreira da Silva. Também prestigiaram a atividade a 1ª Prenda Juvenil da 22ª RT, Giovana Giovanini, e a 3ª Prenda Juvenil da 22ª RT, Isadora Pohlmann Lemos, entre outras lideranças do movimento tradicionalista.
Faculdades Integradas de Taquara - Faccat | Texto e fotos: Jornalista Claucia F da Silva/ CTG O Fogão Gaúcho
