Por Vitor Nasser e Rogério Capucho
O agronegócio é um setor vital para a economia brasileira. No entanto, assim como outros segmentos, ele enfrenta desafios constantes, principalmente, devido ao cenário de instabilidade política e econômica. Diante disso, cabe ao produtor a missão de procurar alternativas que ajudem a manter as operações mesmo em meio a situações incontroláveis. E, a tecnologia, como sempre, se mostra como um recurso indispensável.
Sabemos que o uso de recursos tecnológicos já é uma realidade no agro. Entretanto, esse movimento ainda não é aplicado de forma unânime por todas as empresas. Muitas ainda têm dificuldades para avançar com a tecnologia nas operações, como confirma o Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr) 2024, da PwC Brasil. De acordo com o estudo, o segmento apresenta o menor índice de maturidade digital entre as indústrias avaliadas de, aproximadamente, 3,1, resultado abaixo da média dos demais setores.
Ainda segundo o ITDBr, o agronegócio tem uma postura mais conservadora em relação à transformação digital, sendo que 75% das organizações optam por uma abordagem seletiva para investir em tecnologia. Entre as principais causas para este resultado, de acordo com o estudo, está a cultura organizacional, que se mostra como um grande obstáculo a ser superado por 73% das empresas.
Ou seja, se por um lado temos grandes empresas que já compreendem como a tecnologia beneficia as operações, por outro, ainda temos aquelas que possuem resistência por não entenderem, de fato, como este recurso pode auxiliar no dia a dia.
Diferentemente de outros setores, o agro é responsável desde o plantio e colheita, até a distribuição final. Com isso, cabe a empresa a missão de monitorar cada uma das etapas, a fim de garantir que o produto chegue até o consumidor. Na prática, estamos falando de um processo complexo que exige um rigoroso controle e acompanhamento, o qual, se realizado totalmente de forma manual, impacta em erros e falta de confiabilidade, considerando que as informações não são fornecidas de forma completa.
Neste sentido, a tecnologia se posiciona como um fator determinante para a eficácia das operações. Por meio de recursos como drones, sensores, IoT (Internet das Coisas), Big Data e, sobretudo, a Inteligência Artificial, os produtores passam a obter ganhos significativos, uma vez que têm acesso a informações confiáveis que garantem redução de custos e máxima produtividade.
Com as operações automatizadas e por meio de análises preditivas, torna-se possível identificar gargalos na gestão, se antecipar em meio a instabilidades comerciais, garantir lucratividade, ter um melhor preparo frente as mudanças climáticas, controle e qualidade do solo, entre outros indicadores que beneficiam as atividades diárias.
O agronegócio é considerado uma área do futuro. Ou seja, planta hoje, pensando em conquistar o amanhã. Deste modo, considerando que, da porteira para fora, há um clima instável, é primordial que, da porteira para dentro, os processos estejam alinhados e em dia, afinal, são os investimentos feitos agora que irão determinar a conquista de resultados promissores.
Contudo, é fundamental enfatizar que a tecnologia não é capaz de fazer tudo sozinha. Ou seja, de nada adianta adquirir um sistema de gestão, sem que “a casa esteja em ordem”. Quanto a isso, ter o apoio de uma consultoria especializada é uma estratégica importante a ser adotada. Isso porque o time de especialistas, além de guiar a empresa rumo às melhores práticas, também segue o modus operandi da organização, levando em conta as particularidades de cada vertical do setor.
Apesar dos obstáculos, o agronegócio continua em alta. Em 2024, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o setor representou 23,2% do PIB total do Brasil. E, para 2025, a expectativa é que o segmento cresça entre 3,5% até 6% no PIB da Agropecuária, impulsionado pela safra recorde de grãos estimada em 322,4 milhões de toneladas.
As projeções são promissoras, e mostram o tamanho da força que o segmento possui. Por sua vez, para conseguir extrair o que há de melhor, é preciso começar desde já a tomar iniciativas nesse sentido, visando assegurar o desempenho favorável frente as instabilidades que serão, cada vez mais, recorrentes. Até porque, a inação é o que provoca a estagnação do ponto de vista de crescimento. E, para implementar um novo processo, é preciso colocar em prática a visão preditiva de cuidado e controle.
Vitor Nasser, diretor executivo da AUMA Negócios
Rogério Capucho, Co-CEO da SPS Group
Vitor Nasser é diretor executivo da AUMA Negócios.
Rogério Capucho é Co-CEO da SPS Group.
Sobre a SPS Group:
Localizada em São José dos Campos (SP), a SPS Group atua há mais de 13 anos como uma integradora de tecnologia multinacional brasileira, que se consolidou com operações de SAP Business One, com projetos premiados e reconhecidos internacionalmente por sua excelência e qualidade. Parceira consolidada, além de oferecer as soluções do portfólio SAP, também desenvolve internamente extensões tecnológicas adicionais ao B1, com vasto know-how para atendimento de pequenas e médias empresas dos mais diversos setores da economia. Reforçando o compromisso em fornecer soluções tecnológicas de ponta para todo o mercado, a SPS passou a trabalhar também com os recursos de SAP S/4HANA, tanto na versão Public Cloud, quanto Private, apoiando as empresas em uma operação inteligente, com processamentos em tempo real, Machine Learning, análises preditivas e muito mais. Com expertise atestada no segmento de manufatura, a SPS oferece a PlantScanner, uma plataforma voltada para melhorias de desempenho nas atividades de produção, com gestão embarcada no sistema MES (Manufacturing Execution Systems), podendo ser utilizada em qualquer tipo de indústria, independente do segmento ou porte. Ainda, a empresa oferta uma gama de soluções avançadas de backup e segurança da informação, BaaS (Backup As A Service), soluções em nuvem, licenciamento Microsoft, switches de rede, entre outros. Com todos os consultores especialistas certificados pela SAP, o grupo já soma mais de 300 clientes em todo território nacional e internacional, e conta com mais de 250 colaboradores divididos entre as unidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Rio de Janeiro.
Sobre a AUMA Agronegócios
Baseada em um modelo de alta tecnologia, garantia de qualidade e eficiência, a Auma Agronegócios reúne a produção de cereais, cafés certificados de alta qualidade, frutas tropicais, pecuária e criação de suínos. Alinhamos a sabedoria do passado às novas tecnologias e transformações do presente, para a segurança de um futuro produtivo e saudável, mantendo os solos vivos e o equilíbrio dos nossos três pilares: econômico, social e ambiental. Valorizamos pessoas que transformam os recursos da terra. Reiniciamos ciclos produtivos por meio da economia circular e agricultura regenerativa, contribuindo com a independência do agro brasileiro.
NÃO ESQUEÇA DE DEIXAR SEU COMENTÁRIO
MAIS DA SOL FM
Copyright © 2019 Radio Sol 107,3 FM - Rolante - RS - Brasil - www.sol.fm.br