Até 2030, 30% dos brasileiros serão obesos
Segundo a World Obesity Federation (organização voltada para a prevenção e tratamento da obesidade) até 2030, a estimativa é de o Brasil ter 30% de sua população obesa. O diretor da FUNCOR da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS), Dr. Vitor Osório Gomes, alerta que hoje, em torno de, 50% dos brasileiros já têm sobrepeso e 20% é obeso (quando o índice de massa corporal é acima de 30).
“A obesidade representa uma epidemia global, e continua aumentando, especialmente nos países do hemisfério ocidental. É importante chamar atenção que grande parte das mortes evitáveis que ocorrem no mundo são atribuídas, exclusivamente, à obesidade e ao sedentarismo”, adverte.
Neste sábado, 4, é lembrado o Dia Mundial da Obesidade e o objetivo é discutir formas de reverter a situação e alertar a população do risco de doenças associadas, inclusive para as cardiovasculares. “O excesso de massa corporal pode levar à hipertrofia e dilatação do músculo cardíaco e, consequentemente, à piora da sua função. Além disso, a obesidade, de forma indireta, aumenta o risco para doenças como diabetes, alterações no colesterol e hipertensão arterial – fatores que também aumentam o risco cardiovascular geral”.
O cardiologista da SOCERGS esclarece que a obesidade é uma doença crônica, que causa alterações em vários órgãos e sistemas, que está associada à distúrbios metabólicos e processos patológicos. “Especificamente do ponto de vista cardiovascular, pode causar alteração direta no coração, modificando sua estrutura”, observa.
Dr. Vitor Gomes chama atenção ainda para o quadro inflamatório que a obesidade causa. “O tecido adiposo não é apenas um tecido de armazenamento de gordura, também sintetiza hormônios e algumas moléculas que levam a um quadro inflamatório crônico, situação que aumenta o risco de disfunção metabólica e cardiovascular por uma série de fatores, como surgimento de placas ateroscleróticas nas artérias coronárias”.
Esse quadro inflamatório, ele destaca, já é possível identificar em adolescentes obesos. Logo, fazer campanhas de hábitos saudáveis e estímulo à atividade física voltadas para o público infanto-juvenil é fundamental para frear o avanço da obesidade nas futuras gerações e, consequentemente, diminuir o risco das doenças cardiovasculares. “Existe uma relação bem demonstrada entre risco cardiovascular e obesidade. Campanhas como essa são muito importantes, pois precisamos estimular hábitos saudáveis desde a infância e, com isso, evitar comprometer o futuro de nossas crianças e adolescentes”, afirma.
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