Tecnologia e trabalho multidisciplinar para combater a pedofilia e o abuso infantojuvenil

Unidade especializada reúne equipamentos modernos, profissionais de informática, genética forense e perícia psíquica

Criado em julho deste ano para reforçar as ações da Segurança Pública no combate aos casos de pedofilia e abuso infantojuvenil, o Núcleo de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil (Nucope), do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS), reúne uma equipe multidisciplinar de Informática Forense, de Genética Forense e de Perícias Psíquicas. Além disso, o Nucope conta com equipamentos modernos que ajudam a oferecer uma resposta cada vez mais articulada e qualificada a esses delitos, apoiando de forma determinante a atuação das delegacias especializadas. 

O trabalho da informática forense

A Informática Forense é a ferramenta por meio da qual o IGP-RS consegue fornecer as  provas digitais dos delitos cibernéticos às autoridades. Para isso, os peritos utilizam ferramentas especializadas para extrair dados de mídias e dispositivos; recuperar arquivos eventualmente deletados; analisar logs (registros em sistemas) e metadados; identificar a autoria digital dos delitos, rastrear endereços IP, entre diversos outros elementos. Essas análises resultam em laudos que são encaminhados à autoridade policial, para auxiliar na investigação e eventual penalização dos envolvidos. 

A perícia laboratorial

A modalidade atua especialmente em casos de abuso sexual, oferecendo exames que podem estabelecer a identidade dos agressores e outras informações cruciais para elucidar o crime, como a presença de vestígios em vestes, veículos ou nos locais onde ocorreram práticas delituosas. Quando somado à atuação da informática, o trabalho realizado no laboratório pode montar um escopo de provas ainda mais robusto, o que contribui diretamente com o trabalho realizado pelas demais forças de segurança e da Justiça.   

Foto: Sofia Villela/Ascom IGP-RS

Acolhimento e avaliação psicológica

Por meio de técnicas consolidadas e que respeitam a complexidade de cada caso, os profissionais da perícia psíquica podem extrair elementos importantes do abuso a partir da memória e da avaliação do funcionamento mental da criança ou adolescente. Os psiquiatras e psicólogos do IGP-RS são capazes de avaliar os impactos psíquicos vividos pelas vítimas, analisando seu nexo causal com as circunstâncias que estão sendo investigadas. Desta forma, é possível oferecer ainda mais provas para a autoridade policial, além de permitir melhores estratégias de apoio e recuperação para as vítimas.

Investimento em tecnologia

Para além das competências técnicas do IGP-RS a fim de reforçar a eficiência na resolução de crimes e das análises periciais, o governo do Estado vem entregando à instituição, nos últimos dois anos, equipamentos modernos, com investimento de mais de R$ 12 milhões.

Entre os materiais adquiridos, está o RapidHit, mecanismo que realiza a análise de DNA em até 90 minutos. Com ele, a partir de uma única amostra coletada em uma cena de crime ou de material biológico, é possível detalhar o perfil genético de um suspeito de cometer um crime ou de uma vítima de desaparecimento, por exemplo.

Outra novidade é o ForenScope Contactless Fingerprint. Um equipamento forense com sistema óptico constituído de luzes e espelhos que possibilita o registro de imagens digitais de fragmentos papilares (impressões digitais) detectados em superfícies espelhadas. Com esse recurso, os peritos podem coletar evidências sem a necessidade de se utilizar reveladores físicos e químicos. Foram adquiridas 12 unidades do equipamento, o que representa um investimento de R$ 3,5 milhões.

Vale destacar também os cromatógrafos. O cromatógrafo gasoso com espectrômetro de massas (CG-MS) consegue separar e identificar os componentes de uma mistura complexa. Já o cromatógrafo HPLC-DAD FNS acoplado é um equipamento de alta tecnologia utilizado para identificar e analisar substâncias químicas em amostras líquidas, como sangue, urina, saliva ou outros líquidos.

Já os scanners 3D, avaliados em pouco mais de R$ 2 milhões, possibilitam o escaneamento do local do atendimento, usando uma luz tipo laser e criando uma reconstituição em 3D do ambiente. O aparelho pode ser utilizado na preservação da cena do crime em perícias de engenharia e em reproduções simuladas de fatos.


GOV RS | Texto: Letícia Jardim e Leonardo Fister/Ascom SSP | Edição: Secom | Foto: Anelize Sampaio/Ascom IGP-RS

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