Pesquisa divulgada pelo Sistema FIERGS mostra que o setor começa o segundo semestre em estabilidade
A indústria gaúcha começa o segundo semestre em estabilidade, aponta a pesquisa do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgada nesta quinta-feira (11) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). A alta foi de 0,1% em relação a junho, resultado que reforça o cenário observado desde o início do segundo semestre de 2023.
“Esse quadro, revelado ainda antes da entrada em vigor da taxação do governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros, que já abalava a confiança dos empresários, deve restringir ainda mais os investimentos e a criação de empregos”, diz o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier. O cenário, que já era afetado pela incerteza econômica e pelos juros altos, pode se agravar no segundo semestre, com o aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos, em vigor desde agosto.
A estabilidade do IDI-RS na passagem de junho para julho é reflexo do comportamento misto de seus componentes. Se por um lado houve avanços, com crescimento de 2,2% no faturamento real (a quarta alta consecutiva), de 1,8% na massa salarial e de 1,4 ponto percentual, chegando a 80,2%, na Utilização da Capacidade Instalada (UCI), por outro lado, as perdas acabaram neutralizando esses avanços. A queda foi significativa nas compras industriais (5,8%), além da redução de 0,3% nas horas trabalhadas na produção. Já o emprego permaneceu quase inalterado (0,1%).
Na comparação anual, o IDI-RS recuou 0,2% em relação a julho de 2024. Com isso, o crescimento acumulado em 2025 até julho atingiu 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa uma perda de ritmo em comparação aos 1,6% registrados em junho na análise abrangendo os primeiros seis meses.
Com o acumulado até julho, a análise mostra um cenário positivo, com destaque para o crescimento de 6,6% nas compras industriais. Acompanhando essa tendência, a massa salarial real subiu 4,5%, o emprego avançou 1,4% e o faturamento real, 0,7%. Em sentido oposto, as horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada (UCI) registraram quedas de 1,2% e 0,8%, respectivamente. Onze dos 15 segmentos pesquisados tiveram avanço da atividade. Os maiores impactos vieram de máquinas e equipamentos (+15%) e equipamentos de informática e eletrônicos (+28,4%). Por outro lado, as quedas que mais contribuíram negativamente foram veículos automotores (-7,4%) e couros e calçados (-6,1%).
Acompanhe o resultado completo no Observatório da Indústria, em https://observatoriodaindustriars.org.br/?inteligenciacateg=cenarios-economicos.
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