Brasil sofre com o impacto da Hesitação Vacinal

  • 13 de novembro de 2023
  • Sol FM

Fenômeno é multifatorial e deve ser enfrentado com diálogo e evidências científicas

O termo que descreve o atraso ou a recusa em aceitar vacinas recomendadas, mesmo quando elas estão disponíveis nos serviços de saúde. O Brasil que já foi exemplo mundial da cultura de vacinação, com um Programa Nacional de Imunizações (PNI) consolidado desde 1973 e campanhas lideradas pelo ilustre Zé Gotinha, vive uma queda preocupante nas taxas de cobertura vacinal nos últimos anos.

Segundo o médico pediatra da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Juarez Cunha, as razões para isso vão desde a perda de percepção da gravidade das doenças, uma vez que elas estão controladas pelas vacinas, até o medo de reações adversas e o desejo de viver uma vida “natural”, sem imunizantes nem remédios.

“De 2015 em diante houve uma diminuição nos índices de vacinação no Brasil. O termo Hesitação Vacinal foi descrito em 2019, pouco antes da pandemia, e criado o alerta pela Organização Mundial de Saúde como uma ameaça à saúde pública. O Brasil foi o único país que continuou caindo os números de vacinação no cenário pós-pandemia e muito por conta de movimentos anti-vacina”, afirmou.

O médico também salienta a importância do trabalho pela imunidade coletiva

“A imunização em massa é muito importante e para isso é necessário atingir altas coberturas vacinais. É preciso lembrar que grupos específicos não podem receber vacinas e eles só estarão protegidos se o restante da população estiver imunizada” acrescentou.

Valor das vacinas é inquestionável!

As vacinas são consideradas a maior conquista no campo da saúde pública. Proporcionam prevenção e promoção da saúde, tanto para o indivíduo e, em especial, para a coletividade. Elas evitam aproximadamente 3 milhões de mortes/ano no mundo e contribuíram com aumento de aproximadamente 30 anos na expectativa de vida do brasileiro.

“Erradicamos doenças como a varíola e outras foram controladas ou eliminadas como a coqueluche, a pólio e a rubéola. Apesar disso, encontramos indivíduos, familiares e responsáveis, assim como profissionais da saúde, que hesitam em vacinar ou são contra as vacinas”, finaliza Juarez Cunha.


PlayPress | SPRS – Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul | Redação e coordenação: Marcelo Matusiak | Foto: Divulgação
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