Caps-AD de Taquara convida voluntários a integrarem equipe de oficineiros

  • 28 de setembro de 2021
  • Sol FM

Cerca de 15 pacientes permanecem o dia todo no local e precisam de atividades para sua constante recuperação

O Centro de Assistência Psicossocial Álcool e Drogas de Taquara (Caps-AD) atende cerca de 300 pacientes por mês, alguns destes, uma média de 15 pacientes, fazem tratamentos intensivos e permanecem no local o dia todo recebendo além de alimentação, acompanhamento clínico, psicológico, psiquiátrico, de assistência social e enfermagem. Eles têm também a oportunidade de participar de oficinas terapêuticas que visam deixar o ócio de lado e ajudá-los a manter o tratamento.

Hoje o Caps-Ad oferece Oficina de Música com Gabriel de Souza Bernardo, formado em regência coral pela UFRGS, e Oficina de Fotografia com o publicitário e fotógrafo Mateus Portal, mas a ideia é aumentar a demanda para que os pacientes tenham atividades todos os dias. “Viver em sociedade é um constante ato de doação. Ir ao encontro do outro, escutá-lo e estar presente pode fazer a diferença na sua promoção social. Pessoalmente me sinto grato em poder auxiliar, mesmo que com poucas horas mensais. Acredito que todos têm condições de vencer suas dificuldades, apenas faltam oportunidades e pessoas para incentivar e estar apenas ao lado. Quantas histórias não seriam diferentes se houvesse apenas um pouco mais de doação de tempo e atenção? Todos temos algo a dar, basta querer”, menciona o oficineiro Mateus.

“No momento não é possível contratarmos profissionais que desenvolvam estas atividades por isso abrimos para voluntários. Há pessoas que sentem necessidade de desenvolver algum trabalho neste sentido e que, muitas vezes, não sabem onde se está precisando. Se você tem alguma habilidade e queira ajudar o próximo, pode ser com alguma arteterapia, esportes, atividades físicas, horta, entre outras, estamos à disposição para que os nossos pacientes tenham mais chance de se recuperarem”, esclarece o coordenador, psicólogo Márcio Eugênio Friedrich.

Seja um voluntário
Para ser voluntário no Caps-AD basta ir até o Centro que fica na Avenida Sebastião Amoretti, 1875, Bairro Morro do Leôncio. Lá você poderá conversar com a equipe técnica e organizar a melhor forma de integrar a equipe de voluntariado. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h30min. O telefone para contato é (51) 3541-3672.

O público atendido no Caps-AD

O Caps-AD atende adolescentes, adultos e idosos que apresentam dependência de álcool e outras drogas, sejam moradores de rua, pais ou mães de família, reclusos do Presídio Estadual de Taquara e qualquer pessoa, de qualquer posição social que esteja precisando de ajuda. No tratamento intensivo do Caps-AD, grande parte dos pacientes atendidos integram o Programa Ninguém na Rua. As pessoas passam a noite no Albergue Municipal onde fazem a sua higiene, tomam café da manhã e seguem para o Caps-AD onde podem entrar até às 9h. Lá recebem lanches e almoço e participam das oficinas, retornando ao Albergue às 17h.

“Como não temos atividades o dia todo, há lacunas em que eles ficam sem fazer nada e às vezes acabam saindo, pois não podemos obrigá-los a se manterem no espaço. Quem cumpre o intensivo ganha um tíquete para participar e ter acesso ao Projeto Acolhe, que ocorre nos sábados e domingos, no Centro de Convivência Ricardinho (CCR), feita pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), ligada à Igreja Adventista do Sétimo Dia.

O fluxo no Caps/AD

A porta de entrada dos pacientes do Caps-AD é o acolhimento. O paciente pode chegar em qualquer horário do dia, não precisando de agendamento prévio. Um responsável faz o acolhimento e uma entrevista inicial, podendo os pacientes iniciarem o tratamento por conta própria, serem encaminhados pelo Poder Judiciário ou por familiares. “Independente da condição que ele venha, o acolhimento é universal e igual para todos”, afirma o coordenador, psicólogo Márcio Eugênio Friedrich.

Márcio explica que a partir do acolhimento é detectado o modelo de tratamento a se fazer. O intensivo é aquele que o paciente permanece das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. “De certa forma é uma pré-internação ou um momento passado para evitar uma internação”, salienta.

Neste intensivo o paciente terá atendimento com psicólogo, assistente social, psiquiatra, oficinas, uma equipe técnica multidisciplinar e será avaliada a necessidade de internação. Após o intensivo de mais ou menos 21 dias o paciente é reavaliado e passa para um modelo de convivência escolhendo três dias da semana para participar, após breve melhora segue fazendo o atendimento clínico até ser encaminhado para uma Unidade Básica de Saúde – UBS e seguir o acompanhamento até o recebimento da alta.


Prefeitura Municipal de Taquara

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