Encerra-se nesta sexta (15) prazo para empresas de qualquer faixa de faturamento aderirem ao ROT-ST

  • 15 de janeiro de 2021
  • Sol FM

Esta sexta-feira (15/1) é o último dia para empresas de qualquer faixa de faturamento (inclusive acima de R$ 78 milhões por ano), enquadradas na Substituição Tributária (ST), aderirem ao Regime Optativo de Tributação da Substituição Tributária (ROT-ST).

A modalidade garante a definitividade na cobrança do ICMS retido por Substituição Tributária (ICMS-ST), ou seja, não é exigida a complementação e nem permitida a restituição do imposto, e terá validade para todo o ano de 2021.

Até o dia 13 de janeiro, 75% das empresas varejistas sujeitas ao ajuste da Substituição Tributária, com faturamento acima de R$ 3,6 milhões por ano, já haviam aderido ao regime para 2021.

O ROT-ST, que já foi oferecido em 2020, traz avanços agora. Empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões por ano, que estão na obrigatoriedade do ajuste desde março de 2019, podem fazer a adesão se desejarem. As empresas que aderiram ao Regime Optativo em 2020 devem renovar sua adesão para 2021.

Empresas com faturamento abaixo de R$ 3,6 milhões por ano, optantes ou não do Simples Nacional, continuam fora da obrigatoriedade de realização do ajuste e, assim, não precisam aderir ao ROT-ST para a dispensa de tal apuração. Empresas que não aderirem ao regime para 2021 passarão a realizar o ajuste de complementação ou restituição.

Para fazer a adesão, as empresas precisam acessar o portal e-CAC, no site da Receita Estadual e manifestar interesse.

Entenda o ICMS-ST

As mudanças na apuração do ICMS-ST estão sendo implementadas após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de outubro de 2016, que abrange todos os Estados.

A norma prevê a restituição ao contribuinte do ICMS-ST pago a maior – ou seja, quando a base de cálculo presumida do produto for superior ao preço final efetivamente praticado, mas também a complementação ao Estado do valor pago a menor – quando a base de cálculo presumida for inferior ao preço final.

O ICMS é um tributo que incide sobre o preço de venda de mercadorias. Em combustíveis, alimentos e vestuário, o preço de tributação do ICMS é o que chega ao consumidor final.
A Substituição Tributária é um mecanismo previsto em lei adotado por todos os Estados. Significa que em vez de recolher o valor do ICMS no ponto de venda, o tributo é recolhido na indústria, que passa a ser o “substituto tributário”. Essa medida reduz a sonegação (todos pagam ao comprar da indústria) e auxilia a eliminar a concorrência desleal.

Para a cobrança do ICMS é definido, por exemplo, no caso de combustíveis, o preço médio ao consumidor (PMPF). Trata-se da definição do preço médio que está sendo cobrado pelo mercado num período para que a alíquota de ICMS seja aplicada.

Para outros produtos, como material de construção, papelaria, tinta entre outros, normalmente a base de cálculo da Substituição Tributária é obtida por meio da Margem de Valor Agregado (MVA) – percentual que deve ser agregado ao valor praticado pelo substituto tributário (normalmente a indústria). Como esse preço é uma média de mercado, há pontos de venda que “pagaram mais” ICMS e pontos que “pagaram menos”, conforme a variação do preço final cobrado pelo revendedor.

Desde 2016, há uma ampla discussão sobre a possibilidade de restituição do ICMS pago a maior e de complementação do ICMS pago a menor, situação que motivou diferentes ações judiciais nos Estados.

Decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul têm demonstrado entendimento convergente ao do STF, possibilitando a restituição ao contribuinte, mas também a complementação aos Estados.


Texto: Ascom Sefaz
Edição: Secom

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