Exportações do Brasil para o Canadá avançam no 1º semestre; São Paulo e Minas Gerais lideram ranking

Sudeste figurou na 1ª posição com 43,3% do total das exportações, seguida por Nordeste (35,9%) e Norte (13,6%). Sul (4,6%) e Centro-Oeste (1,9%) possuem espaço para crescimento

O Brasil continua ganhando terreno e visibilidade quando o assunto é exportação de produtos para o Canadá. Os envios de mercadorias totalizaram US$ 2,734 bilhões (FOB) no primeiro semestre deste ano, o que representa um avanço de 7% frente à igual período de 2023. Os dados constam no estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

A balança bilateral atingiu saldo positivo para o Brasil de US$ 1,334 bilhão (FOB) entre janeiro e junho de 2024, um avanço de 70,6% sobre igual intervalo de 2023. No que se refere as importações, o recebimento de produtos pelo Brasil contabilizou US$ 1,399 bilhão (FOB), uma queda de 21% na comparação com US$ 1,782 bilhão visto no mesmo intervalo de 2023.

No período, a região Sudeste liderou tanto as exportações como importações, respondendo por 43,3% e 44,1%, respectivamente, no total do comércio bilateral. Na sequência, do lado das exportações, vem Nordeste (35,9%), Norte (13,6%), Sul (4,6%) e Centro-Oeste (1,9%). Já nas importações, aparecem as regiões Centro-Oeste (22,5%), Sul (22,4%), Nordeste (6,6%) e, por fim, Norte (4,4%).

Entre os estados brasileiros, São Paulo lidera as exportações (US$ 587,1 milhões FOB), seguido de Minas Gerais (US$ 486,6 milhões FOB), Maranhão (US$ 471,3 milhões FOB), Pará (US$ 366,6 milhões FOB) e Bahia (US$ 364,5 milhões FOB). Já nas importações aparecem São Paulo (US$ 306,5 milhões FOB), Mato Grosso (US$ 220,1 milhões FOB), Paraná (US$ 138,1 milhões FOB), Rio de Janeiro (US$ 107,9 milhões FOB) e Espírito Santo (US$ 104,7 milhões FOB).

“Temos observado um movimento contínuo e sólido de que os produtos brasileiros estão cada vez mais conquistando o Canadá. A extensa agenda de encontros e iniciativas para fortalecer e ampliar os negócios, somada a abertura de escritórios regionais da CCBC em diversos estados do Brasil para mitigar novos acordos, têm colaborado fortemente no processo de ampliação das relações bilaterais”, afirma Ronaldo Ramos, presidente da CCBC.

Entre janeiro e junho deste ano, o Canadá figurou na 10ª posição no ranking dos principais destinos das exportações brasileiras. Já no das importações, o país da América do Norte ficou em 18º lugar.

Destaques das exportações

A região Sudeste, que liderou os embarques de produtos ao Canadá, tem dentre os principais produtos exportados o ouro em forma de bulhão dourado para uso não monetário e açúcares, além de veículos aéreos (incluindo seus componentes). O mesmo aconteceu na região Centro-Oeste, onde também predominou a exportação de carnes desossadas de bovinos (congeladas).

O envio para o Canadá de alumina calcinada, minério de alumínio e de cobre foi destaque nas regiões Norte e Nordeste. Já entre os produtos originários do Sul do Brasil, a atenção vai para o embarque de carne suína e frango, além de motores elétricos.

Cloreto de Potássio

Entre os principais produtos importados do Canadá pelo Brasil, o cloreto de potássio – que é um dos fertilizantes mais utilizados na agricultura – foi destaque em todas as cinco regiões brasileiras.

A compra de turborreatores e turbopropulsores chamou a atenção na região Sudeste, enquanto no Sul o destaque ficou para a compra de máquinas e equipamentos para colheitas. Já no Nordeste, a importação de trigos e misturas de trigo com centeio foi um dos itens predominantes.

SERVIÇOS:

Acesse dados completos e análises no estudo da CCBC: Quick Trade Facts

Sobre a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC):

A Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) é uma organização independente, mantida pelo setor privado e sem fins lucrativos, fundada em 1973. Há 50 anos a CCBC aproxima pessoas, empresas, instituições públicas e privadas de vários setores nos dois países. Com escritórios no Brasil e no Canadá, a instituição atua na construção de conexões para alavancar negócios, investimentos, estimular a inovação, o intercâmbio tecnológico e cultural bilateral.

Cangerana Comunicação | Foto: Divulgação/CCBC