Modelo de trabalho híbrido impactou em menos tempo perdido no trânsito, mostra pesquisa

A queda na comparação com período anterior à pandemia foi de 19%, ou o equivalente a quase meia hora

Os dados são da Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Sebrae. Os brasileiros que residem nas capitais passam cerca de 2h do seu dia no trânsito para ir a lugares como o trabalho, escola, faculdade ou fazer compras, o que equivale a 21 dias/ano.

“A mobilidade urbana impacta a todos e, no comércio, ainda mais. Discutir soluções que diminuam o tempo gasto no trânsito ajuda colaboradores do setor e consumidores. Como representantes do setor produtivo, estamos abertos ao debate de políticas públicas que ajudem a melhorar a qualidade de vida da população”, comenta o presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.

De acordo com os entrevistados, 28% levam de 30 minutos a 1 hora por dia em trânsito e 32% levam de 1 a 2 horas. O tempo médio despendido no trânsito caiu na comparação com o levantamento de 2017 (147,9 minutos). A queda foi de 19%, ou o equivalente a quase meia hora. A pesquisa de 2022 também investigou o tempo gasto nos engarrafamentos, obtendo uma média de 64,5 minutos, o equivalente a cerca de 1h04 minutos do dia.

“A pandemia trouxe impactos significativos no comportamento da população em relação à utilização dos transportes públicos, por exemplo. A diminuição do tempo no trânsito, apontada pela pesquisa, é um reflexo disso, uma vez que muitas empresas passaram a utilizar o modelo híbrido mesmo após o controle da pandemia”, destacou o presidente da CNDL, José César da Costa.

Os dados da pesquisa apontam que o transporte público é o mais utilizado no dia a dia. Mas o que, afinal, determina essa escolha? Entre aqueles que relataram utilizar mais ônibus, metrô ou trem no dia a dia, 48% citaram o preço mais barato – um aumento de 13,3 pontos percentuais na comparação com a pesquisa de 2017. Outro motivo destacado, e relacionado ao primeiro, foi a possibilidade de economizar dinheiro (31%). Já para 29%, não se trata exatamente de uma escolha: o transporte público seria o único meio disponível. Além destes motivos, foram mencionados a facilidade de acesso (26%); a agilidade (15%); e a comodidade (12%), entre outros motivos.
A depender do trajeto, apenas um meio de transporte não basta. Entre os que destacaram a utilização dos meios de transporte públicos no dia a dia, 56% pegam duas conduções para chegar ao destino. Também há os que tomam mais de três (23%). Ainda de acordo com a pesquisa, os usuários desses meios de transporte esperam, em média, 23,7 minutos no ponto de ônibus ou estação de trem e metrô, sendo que 40% esperam de 15 a 30 minutos.

Metodologia

Público-alvo: Pessoas residentes em todas as capitais do país, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos).
Método de coleta: Coleta exclusivamente feita via F2F; questionário com 71 questões.
Amostra: 800
Margem de erro: 3,5 p.p.
Confiança: 95%
Data de coleta: Estudo realizado entre os dias 25 de fevereiro e 18 de março/2022

Sobre a CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa.


PlayPress | Federação Varejista do Rio Grande do Sul | Redação e coordenação: Marcelo Matusiak | Colaboração: Assessoria de Comunicação CNDL | Foto: Freepik 

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