Polícia Civil anuncia o resultado final do caso do menino Rhuan

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o menino de 8 anos foi morto, esquartejado e decapitado pela mãe e pela madrasta no dia 31 de maio, em Samambaia. Elas foram indiciadas por cinco crimes e podem pegar até 57 anos de reclusão. A principal acusação é a de homicídio qualificado, com agravantes de motivação fútil e da impossibilidade de defesa da vítima.

Segindo o relatório final do processo, o crime foi todo realizado dentro da residência, e à noite. Quando Rhuan dormiu, a mãe desferiu-lhe um golpe de faca nas costas. O menino rolou da cama e caiu no chão. De frente para ele, a mãe deu outras 11 facadas no tórax da criança. Daí ela partiu para a decapitação do corpo.

Com o filho esquartejado, a mãe e a companheira tentaram arrancar a pele do rosto do menino para fritar numa panela. A cabeça foi posta num balde, e o resto do corpo na churrasqueira. O objetivo era descolar a pele dos ossos pelo calor. A faca, o carvão e um martelo – cujo objetivo era triturar os ossos de Rhuan – foram comprados às vésperas do crime.

Os restos mortais da criança foram colocadas em duas mochilas escolares e uma mala de viagem, que mãe tentou dispensar num bueiro. As mulheres tentaram limpar a cena do crime. Com água sanitária, lavaram o sangue e eliminaram resíduos que pudessem incriminá-las.

Vida torturada

O menino Rhuan já havia sido emasculado (corte do pênis) e castrado (corte dos testículos) e urinava apenas sob forte pressão, quando a bexiga já estava cheia. Para a perícia, o simples ato fisiológico era um martírio para o garoto. “A uretra se retraiu e se formou uma fístula da uretra até a derme (pele); era por esse caminho muito estreito que o menino conseguia urinar. Ele só urinava sob alta pressão e isso retira a qualidade de vida”, comentou um dos peritos médico-legais.

Além de não comparecer a escolas ou receber atendimento médico durante o período que viveu em fuga, Rhuan precisava de acompanhamento, pois tinha um pequeno grau de autismo – o que, na primeira infância, prejudicou a fala e o desenvolvimento motor. A fuga da mãe e da madrasta deu-se quando a família conseguiu laudos para que o menino tivesse atendimento especial nas escolas que frequentasse.

Por Jornal de Brasília / R7

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