Regiões de Uruguaiana e de Capão da Canoa retornam à bandeira laranja

Na quarta rodada do Distanciamento Controlado, implementado no dia 10 de maio, o Estado segue com predominância de regiões em bandeira laranja. No mapa divulgado neste sábado (30/5), 14 regiões apresentaram risco epidemiológico médio para o coronavírus. Com piora em indicadores utilizados para o cálculo, as regiões de Uruguaiana e Capão da Canoa, que haviam passado para a bandeira amarela no levantamento anterior, voltaram a ser classificadas como bandeira laranja.

Pela terceira semana consecutiva, o Rio Grande do Sul permanece sem bandeira vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo). Para consultar o mapa com a cor de cada cidade, acesse o site https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

As novas bandeiras e os respectivos protocolos que regram o funcionamento de mais de cem atividades econômicas são válidas a partir de segunda-feira (1°/6) até o domingo seguinte (7/6).

A partir de agora, o site do Distanciamento Controlado também disponibilizará, além do mapa vigente, o levantamento divulgado na rodada anterior, para que os gaúchos possam acompanhar a evolução de suas regiões entre uma semana e outra. Ao selecionar a cidade, o site também mostrará em qual cor o município se encontrava na semana anterior.

Principais mudanças no mapa

Tanto a região de Uruguaiana como a de Capão da Canoa haviam apresentado melhora nos índices utilizados para calcular as bandeiras do Distanciamento Controlado no levantamento anterior, o que fez com que mudassem de laranja para amarela. No entanto, nos últimos sete dias, as hospitalizações confirmadas por Covid-19 e as internações em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram em ambas as regiões, alterando novamente as bandeiras para a cor laranja.

A região de Uruguaiana (formada por 11 municípios na divisão do Distanciamento Controlado) apresentou piora em quatro indicadores, ao mesmo tempo em que obteve melhora em outros dois. Houve crescimento de quatro para 10 hospitalizações confirmadas por Covid-19, e aumento de sete para 10 casos de internações em UTI por SRAG nos últimos 14 dias.

Na região de Capão da Canoa (formada por 23 municípios na divisão do Distanciamento Controlado), o fato predominante para a mudança foi a soma do número de novas hospitalizações SRAG e Covid-19 nos últimos 14 dias, que foi maior que cinco. Além disso, houve piora em três indicadores, entre os quais o número de hospitalizações confirmadas por Covid-19, que saltou de zero para oito, e o número de internações em leitos de UTI por SRAG, que subiu de 2 para 12.

No território gaúcho como um todo, a quarta rodada do modelo de Distanciamento Controlado trouxe as seguintes alterações nas duas semanas:

• O número de novos registros de hospitalizações SRAG de confirmados por Covid-19 aumentou 11,7% entre as duas últimas semanas, de 248 para 277;
• O número de internados em UTI por SRAG aumentou 10,3% entre as duas últimas sextas-feiras, de 242 para 267;
• O número de internados em leitos clínicos com Covid-19 aumentou 1% entre as duas últimas sextas-feiras, de 205 para 207;
• O número de internados em leitos de UTI com Covid-19 aumentou 22,4% entre as duas últimas sextas-feiras, de 125 para 153;
• O número de leitos de UTI adulto disponíveis para atender Covid-19 aumentou 7,4% entre as duas últimas sextas-feiras, de 501 para 538;
• O número de óbitos por Covid-19 aumentou 5,9% entre as duas últimas semanas, de 34 para 36;
• As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (74), Caxias do Sul (59), Passo Fundo (32) e Lajeado (23).

ENTENDA O DISTANCIAMENTO CONTROLADO

Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio em todo o Rio Grande do Sul – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável.

Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.

Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).

O monitoramento dos indicadores de risco é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da semana seguinte.


Texto: Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom

0Shares

NÃO ESQUEÇA DE DEIXAR SEU COMENTÁRIO

É muito importante pra gente saber sua opinião

MAIS DA SOL FM