Federação Varejista do Rio Grande do Sul analisa impacto do programa de descontos em veículos zero-quilômetro

Entidade vê oportunidade para impulsionar as vendas no setor automotivo e fomentar a economia, mas é preciso cautela

A Federação Varejista do Rio Grande do Sul está otimista com o plano de incentivo a venda de automóveis, porém recomenda cautela, por conta de um cenário já preocupante no Brasil, em relação ao endividamento. O presidente da entidade, Ivonei Pioner, diz que a medida pode estimular o consumo e oferecer descontos atrativos, o que pode beneficiar tanto os consumidores quanto os empresários varejistas, mas ao mesmo tempo traz riscos.

“A inadimplência representa perdas financeiras significativas para as empresas, afetando diretamente sua capacidade de investimento, crescimento e até mesmo sua sobrevivência no mercado. O quadro gera um ciclo prejudicial para a economia, pois quando as empresas enfrentam dificuldades financeiras devido à falta de pagamento, elas podem reduzir suas atividades, demitir funcionários e até mesmo fechar as portas. Isso resulta em menor circulação de dinheiro, menor consumo e impacto negativo em outros setores, gerando um efeito cascata”, salienta Pioner.

A Federação Varejista do Rio Grande do Sul também enfatiza que é necessário analisar cuidadosamente as especificidades do programa. “Embora seja uma iniciativa positiva, é importante considerar aspectos como a demanda reprimida e a capacidade de atendimento das montadoras. Ainda, é fundamental assegurar que os descontos chegam efetivamente ao consumidor, sem prejudicar a margem de lucro das empresas varejistas.”

O programa conta com a adesão automóveis de nove montadoras, oferecendo descontos que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil no valor dos carros zero-quilômetro, com um teto de R$ 120 mil.


PlayPress | Federação Varejista do RS | Redação e Coordenação: Marcelo Matusiak | Foto: Freepik
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