Outubro Rosa: entenda as diferenças e tipos de exames para diagnóstico e rastreio do câncer de mama

Artigo de Opinião: Presidente da Sociedade de Mastologia – Regional RS, mastologista, Leônidas Souza Machado

Ao ocorrer uma suspeita de câncer de mama, é normal a mulher ficar preocupada e com muitas dúvidas especialmente em relação ao que fazer. Por isso, é importante conhecer algumas das diversas alternativas que a Medicina tem proporcionando. Ao lado da Associação Médica do Rio Grande do Sul, queremos chamar a atenção para algumas diferenças nos exames, que possuem atribuições e papéis distintos na investigação e condução dos casos.

Uma questão importante a ser esclarecida é que a mamografia é o único exame que diminui a mortalidade. Existem outros procedimentos importantes, como a ecografia mamária e a ressonância magnética, mas nenhum deles mostra um benefício tão grande na redução do número de mortes quanto a mamografia.

A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia, da Sociedade Brasileira de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e da AMRIGS é de que as mulheres comecem a fazer mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade. Essa orientação muda, apenas, quando há histórico de casos na família em primeiro grau, ou seja, mãe e irmã. Nessas situações é indicado o exame anual com 35 anos, ou então dez anos antes da idade que a familiar foi acometida.

Como principal forma de rastreio do câncer de mama, a mamografia é um exame bastante simples. No entanto,um item que sempre preocupa as mulheres é o incômodo e o medo da dor. Na hora do exame as mamas são colocadas no mamógrafo, aparelho que faz compressão em busca de uma boa qualidade de imagem pelo radiologista, é como um raio x das mamas.

Já biópsia mamária é indicada para situações nas quais as mulheres têm alguma suspeita nos exames de imagem ou mesmo em um exame físico. Normalmente se pede o procedimento guiado por ecografia, uma vez que é um exame mais fácil de ser realizado. Contudo, em alguns casos há alterações que só aparecem na mamografia, como por exemplo, microcalcificações (lesões) . Desta forma, a biópsia deve ser feita guiada por mamografia. Para executar a biópsia, é feita anestesia local, colocada a agulha na mama e é retirada uma parte do nódulo ou da calcificação para posterior análise em laboratório de patologia.

A ecografia mamária tem um papel importante para diferenciar nódulos sólidos de císticos sendo ideal para acompanhamento de pacientes abaixo dos 40 anos.

O exame de ressonância magnética das mamas é indicado para mulheres de alto risco, ou seja, para pacientes que têm um histórico familiar relevante ou que tenham mutações genéticas (alterações nos genes) no BRCA1 e BRCA2, e que possuem um risco aumentado de virem a ter câncer de mama. Outra recomendação é para as mulheres que possuem próteses mamárias. Nessas condições não só é possível investigar eventuais casos de câncer, mas também checar eventuais riscos de rompimento da prótese.

O recado final é para as mulheres ficarem atentas e cuidarem do seu corpo. O autoconhecimento é fundamental para identificar qualquer alteração no toque ou nos aspectos físicos da mama e procurar um médico rapidamente. É importante ressaltar que o toque não substitui a mamografia, mas é uma etapa muito importante no cuidado diário.

Recomendamos que o autoexame seja feito, especialmente após a menstruação, na frente do espelho, utilizando os três dedos do meio para apalpar todos os quadrantes da mama.  

Fique alerta! O diagnóstico precoce oferece aproximadamente de 90% a 95% de chances de cura, além de evitar tratamentos mais agressivos como a quimioterapia.

Artigo de Opinião: Presidente da Sociedade de Mastologia – Regional RS, mastologista, Leônidas Souza Machado 


PlayPress | AMRIGS | Foto: Freepik
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