Pensando o Tabagismo e a COVID-19

Artigo de Opinião Luiz Carlos Corrêa da Silva. Médico da Santa Casa PA. Professor Universitário. Fumo Zero AMRIGS. Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina

Estes tempos de pandemia têm mostrado múltiplas facetas que precisam ser analisadas com cautela e exigem atitudes coletivas. Personagens que já deveriam ter sido afastados da política ainda conseguem influenciar decisões que nos atingem por suas consequências e imoralidade. Decisões dos poderes comprometidos, ditos constituídos, têm levado a perdas irreparáveis para a saúde, economia, educação e o futuro de todos. Nossa fragilidade veio à tona como nunca vimos antes, pois nos tornamos reféns de uma pandemia que deveria ter sido combatida desde sua origem, e vítimas de esquemas de corrupção e disputa de poder.

A expectativa de ser contaminado é ameaça constante. A espera da vacina foi uma verdadeira tortura. E, agora, sua existência que deveria ser solução ainda cria novos problemas, seja pela escassez, falta de organização, e ainda a desconfiança de efeitos colaterais e ineficácia. Enquanto não houver firmes atitudes dos responsáveis e o respaldo da maioria da população, líderes oportunistas continuarão a destilar seu veneno. É preciso mais base científica e ordem de comando.

O 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. Mas, onde entra o tabagismo nesta história? Sempre fez parte, pois um terço da humanidade fuma e nesta pandemia o consumo que vinha declinando voltou a aumentar. A ansiedade, a depressão e as sensações negativas pioraram neste estado de isolamento, insegurança e medo. Dependentes de substâncias aumentaram o consumo de drogas como nicotina e álcool, e de medicamentos psicoativos. Isto exigirá maior controle e cuidados especiais.

As empresas do tabaco têm divulgado que cigarros eletrônicos, tabaco aquecido, narguilé e assemelhados seriam mais seguros que cigarros, mesmo que a ciência diga o contrário. Fazem uma mídia perversa para que fumantes migrem para estes produtos. Tentam de todas as maneiras convencer os jovens de que devem se iniciar no uso destes dispositivos inalatórios da mesma forma que fizeram há quase um século para promover os cigarros industrializados.

É preciso um alerta pois pesquisas indicam que fumantes ao se contaminarem pelo coronavírus têm doença mais grave.

O Fumo Zero AMRIGS lança um desafio ao fumante: tome atitude e pare de fumar!


Artigo de Opinião Luiz Carlos Corrêa da Silva
Médico da Santa Casa PA. Professor Universitário. Fumo Zero AMRIGS. Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina

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