Doenças cardiovasculares podem ser agravadas pela má qualidade do ar, sonora e luminosa; cardiologista associado à Sociedade de Cardiologia do RS destaca os principais riscos e orientações para a população
A exposição à poluição ambiental, em especial à poluição do ar, está diretamente relacionada ao aumento de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). O alerta é do cardiologista Dr. Fabio Alban, associado à Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (SOCERGS), que chama atenção para os efeitos nocivos das partículas finas presentes na atmosfera e outros poluentes sobre o sistema cardiovascular. Segundo o especialista, essas partículas provocam inflamações nas artérias e ativam mecanismos do sistema nervoso responsáveis pela frequência cardíaca e pela constrição dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de arritmias, hipertensão, trombose e, consequentemente, infartos e AVCs.
“Além disso, fatores como o aumento da produção de hormônios do estresse, a interferência nos processos de anticoagulação e até a exposição à poluição sonora e luminosa durante a noite agravam ainda mais a situação”, afirma o cardiologista Dr. Fabio Alban.
O risco é especialmente elevado em pessoas com doenças cardiovasculares já estabelecidas ou com fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol elevado e tabagismo. Em situações de alta poluição, o médico recomenda que essas pessoas usem máscaras com filtro, mantenham vidros do carro fechados e evitem atividades ao ar livre nos horários de pico, como início da manhã e fim da tarde. A prática de exercícios deve ser mantida, mas sempre que possível em áreas verdes e afastadas das grandes vias.
Além das orientações clínicas, o debate também passa por políticas públicas como, por exemplo, investir em soluções sustentáveis.
“A transição para energias renováveis, transporte de baixo impacto ambiental e proteção de áreas verdes urbanas são medidas essenciais para reduzir a exposição da população aos poluentes que comprometem a saúde do coração”, afirma.
O médico acrescenta que o incentivo à educação ambiental deve começar desde cedo.
“Precisamos formar uma nova geração mais consciente dos impactos da poluição no bem-estar físico e cardiovascular”, finaliza.
A SOCERGS reforça que, em caso de suspeita de doenças ou fatores de risco cardiovasculares, é imprescindível procurar orientação médica especializada com um cardiologista. Outras informações podem ser obtidas no site da entidade: www.socergs.org.br.
Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (SOCERGS)
A SOCERGS é uma entidade dedicada à promoção da prevenção de doenças cardíacas, visando aprimorar a qualidade de vida dos gaúchos. Seu compromisso é conscientizar o público sobre a importância do cuidado com a saúde do coração. Destaca-se por sua transparência e clareza em todas as suas atividades com participação ativa de seus sócios e líderes, que contribuem para seu contínuo aprimoramento e evolução ao longo das gestões.
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