A influência do estresse e da COVID-19 na perda de cabelos

Segundo especialista, o fim prematuro do ciclo do fio está ligado com distúrbios emocionais, deficiência de vitaminas e infecções

Entre os inúmeros sintomas que as pessoas que se infectam com o coronavírus estão o enfraquecimento e a perda de cabelo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), o crescimento do cabelo é um ciclo e quando ele sofre interferências – que podem ser distúrbios emocionais, deficiência de vitaminas e diversos outros fatores como a COVID-19, pode ocasionar o eflúvio telógeno, ou seja, o fim prematuro do ciclo do fio. A médica dermatologista e membro da SBD-RS, Clarissa Prati, explica que o quadro agudo é muito frequente após diversas infecções, estresse ou cirurgias.

“Alguns pacientes enfrentam quadros mais prolongados e intensos de eflúvio e estes devem ser tratados a fim de reduzir a queda e estimular o crescimento de novos fios, tanto de forma tópica quanto sistêmica. Lembrando que as medicações devem ser indicadas pelo dermatologista, que avaliará a gravidade do quadro para definir as substâncias, frequência e tempo de duração do tratamento”, comenta.

A função do cabelo vai além da aparência. Ela inclui o tato, a sensibilidade e a proteção da pele contra a radiação ultravioleta (UV). E com a aproximação do inverno, a escovação mais frequente e a água quente, que interfere no equilíbrio entre os diversos componentes do couro cabeludo, podem aumentar a queda por quebra ou seborreia.

“É fundamental ter delicadeza no trato com os fios, escovando-os antes de dormir com finalizadores apropriados para cada tipo de cabelo, além do uso de xampus anticaspa no couro cabeludo uma vez por semana para as pessoas com tendência a seborreia. O uso dos xampus de limpeza profunda também devem ser reduzidos a um mínimo”, sugere.

Existem produtos específicos para a higiene do couro cabeludo sensibilizado, como xampus micelares e mesmo cremes limpadores, que eliminam a sujidade sem remover a camada de gordura essencial para manter o couro cabeludo e os fios saudáveis e macios. A dermatologista relembra, ainda, que no período da pandemia e de maior sensibilidade das pessoas, é possível que a saúde mental também esteja ligada à perda dos fios.

“É necessário evitar os xampus muito adstringentes e limpadores, para reduzir o ressecamento. Paralelo a isso, é preciso equilibrar a alimentação, bem como modular o emocional com atividade física e, eventualmente, medicações para alívio da ansiedade”, orienta.


Redação: Fernanda Calegaro | Coordenação: Marcelo Matusiak

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